Sem palavras o que o torcedor do Leão presenciou na tarde/noite de ontem no entorno da Ressacada e depois dentro do Estádio. É um daqueles dias que ficarão na memória para sempre, como alguns que já tivemos, como por exemplo, o treino dos cinco mil.A chegada da equipe nas cercanias do Estádio foi arrepiante, algo que só se vê em ocasiões muito especiais, com a torcida literalmente "abraçando" o ônibus azurra e por consequência os atletas.
A atmosfera propícia para uma noite de gala, que começou com um erro infantil do lateral direito Marcos, que tentou atrasar uma bola e o time equatoriano conseguiu roubar e armar um contra-ataque fulminante. Resultado: dois minutos de jogo e 1 a 0 para os adversários e deve ter vindo no pensamento dos torcedores. De novo? Mais uma vez a ducha de água fria?
E o primeiro tempo passou com o time tentando se acertar, mas não conseguindo. Menos mal que o Emílio não queria jogo, tentou de todas as formas fazer a cera, com o goleiro tomando cartão de forma muito antecipada.
No intervalo, pelo relato dos jogadores, lavaram a roupa suja no vestiário, e chamando a responsabilidade um do outro. Alguns deles disseram o seguinte: "Vamos deixar esse torcedor que veio novamente se decepcionar"? Outro disse: "Quase chegamos a nos bater lá dentro, mas quando saímos, já viemos abraçados e focados na virada no placar"!
E foi o que aconteceu. Em oito minutos, o time fez o que parecia impossível (para alguns), mas para o torcedor avaianos, que já sabe da mística da raça havaiana, quando saiu o primeiro gol, já imaginou: Esse Avaí faz coisa! E fez...
Mais do que a virada, que veio de forma sensacional, o principal foi o retorno da confiança na equipe e saber que é possível. Quando se quer, se consegue! E também o retorno da confiança entre os torcedores. Aliás, esse foi um caso à parte.
Desde o meio da tarde os bares perto da Ressacada já estavam cheios dos maltratados, mas resistentes torcedores avaianos. E o que se viu durante o jogo e depois no fim, foi algo que vimos anteriormente na campanha da Série B em 2008. Também nas belas iniciativas do Ressacada on Fire (do amigo Pravatto), da Concentração do Leão (que faz muita falta).
Enfim, falar que um ou outro jogador não foi bem é desnecessário no momento, mas que sabemos nós deve melhorar para dar um fim de ano tranquilo para o avaiano.
E novamente fazendo história no cenário catarinense, passando para as quartas-de-final da Copa sul-americana. Esse é o Avaí, que como a Phoenix (a ave), sempre ressurge das cinzas. Pode falar qualquer coisa do Leão, menos que falta vontade e disposição. É a marca, que está no hino do clube. É o time da Raça. É só coração É o meu Avaí!
Um abraço a todos!
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